Energia heliotérmica: entenda essa modalidade de energia limpa e as diferenças em relação a energia solar
Descubra como a energia heliotérmica pode auxiliar a complementar outros tipos de energia para beneficiar o país em momentos de crise hídrica.
Energia heliotérmica é o tema do meu novo artigo. Ele completa uma série de artigos sobre energia renovável que tem o objetivo de apresentar benefícios e vantagens para quem pretende investir nesse setor.
Além disso, em decorrência da crise hídrica e os altos preços da energia elétrica nos fazem buscar alternativas mais baratas e que supram as necessidades da população.
Espero que aproveite os materiais para aprofundar os conhecimentos neste segmento e que ele faça você refletir sobre as possibilidades que o uso de energias renováveis podem trazer aos seus negócios.
O que é energia heliotérmica?
A energia heliotérmica é o tipo de energia que se produz por meio do calor dos raios solares. O termo popular para se referir a ela é energia termossolar que, por sua vez, remete à ideia de temperatura.
Para captar esse calor, existem usinas enormes com espelhos de grandes proporções. Estes espelhos refletem os raios solares para um receptor de calor que encaminha a energia térmica para dispositivos que contêm água em alta temperatura.
Ao esquentar, a água produz vapor e movimenta turbinas que iniciam a produção de energia elétrica que é utilizada para abastecer residências, indústrias e demais necessidades da sociedade, dependendo do local onde está a usina.
Quais são os benefícios desse modelo de produção de energia?
Além de ser uma fonte de energia renovável e limpa, a energia heliotérmica possui benefícios específicos como:
- Não causa impactos ambientais na atmosfera por não produzir gases poluentes;
- Embora seus custos de implantação sejam altos, com o passar do tempo ela compensa o investimento;
- Permite a criação de um sistema de armazenamento térmico;
- Se integra com outros tipos de produção energética.
De acordo com o chefe do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Edson Bazzo, o prazo médio para retorno do valor investido é relativamente curto se comparado a outras alternativas: 2 ou 3 anos.
“É possível viabilizar com valores mais baixos, particularmente no caso de plantas híbridas, onde a energia solar complementa a energia requerida por plantas termelétricas movidas por biomassa, gás natural ou carvão”, explica.
Existem diferenças entre a energia heliotérmica e a energia solar?
Embora no senso comum elas pareçam a mesma coisa, é importante enfatizar que o processo de produção de energia é diferente em casa uma.
A produção de energia heliotérmica acontece com o aproveitamento dos raios do sol que incidem nos espelhos existentes nas usinas. Portanto, é preciso que haja luz solar direta atingindo os painéis. No sistema de energia solar, a luz difusa do sol também é fonte de energia para a produção de eletricidade.
Nas usinas de energia solar, a produção de eletricidade acontece pela radiação solar nas células fotovoltaicas.
Quais são as possibilidades de uso desse modelo no Brasil?
Para Bazzo, o uso da energia heliotérmica ainda está longe de se tornar um modelo de produção energética competitiva como a energia eólica, por exemplo.
O professor enfatiza que, segundo suas pesquisas, o melhor local para implantação é a bacia do Rio São Francisco, onde a irradiação direta normal varia de 2000 a 2300 kWh/m²/ano. Mas há potencial em outras regiões do país, principalmente no nordeste e centro-sul, distante da região litorânea, onde predominam nuvens durante o ano.
O Brasil ainda não está entre os países que mais aproveitam a energia solar. Mas as expectativas são positivas. Apesar de não contar com a geração de energia heliotérmica em larga escala, o país conta com áreas, principalmente no nordeste brasileiro, com características adequadas para a instalação de usinas de geração de energia heliotérmica.
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