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Metaverso – Contexto Geral

04 janeiro, 2023

Um artigo de Graziele Piva e Rodolfo Olivo

RESUMO

            O metaverso está cada vez mais próximo da realidade das pessoas, porém ao mesmo tempo, parece ter atingido somente as marcas milionárias como também seu público consumidor. O acesso e contato com as pessoas na realidade aumentada do ambiente virtual, é feita, através da projeção de óculos de realidade virtual, projetores de holografia em tamanho e tempo real para reuniões, por exemplo, dispensando uso de computadores. Assuntos como futuro das profissões, saúde mental e comportamento dos usuários, são abordados nesse artigo. Existem ainda muitas questões sem respostas, por ser algo que ainda está em desenvolvimento, e com a concorrência crescente, a cada dia novas tecnologias, são exigidas. A humanidade está destinada a viver uma realidade totalmente virtual para poder ter condições de manter suas vidas no mundo real? Como será o mundo dominado pelo metaverso? Muitas pesquisas e estudos com certeza, estão sendo destinadas a esse tema. Grandes empresas do mundo todo estão em pleno processo acelerado na criação de seus avatares ou bonecos digitais de seus CEOs no Metaverso, e ainda destaca que as criptomoedas serão a tendência dos investimentos no mundo virtual.

 

Palavras chave: metaverso, virtual, realidade aumentada

 

INTRODUÇÃO

De acordo com os registros disponíveis nas diversas literaturas sobre tema, os autores citam que, o metaverso foi criado pelo escritor Neal Stephenson no início dos anos 90, em um romance pós moderno de sua autoria, em sua obra: Snow Crash, em português o título foi: Samurai, Nome de Código. Porém a ideia sobre o metaverso, que na verdade foi descrita de outra forma utilizando outras denominações e termos, surgiu em 1984, em livros como o de William Gibson (Neuromancer) (BACKES, 2008).

De acordo com Stephenson (auto do livro: Snow Crash), o metaverso possui características e utilidades reais, tanto do setor público como privado, pois na verdade seria a extensão do mundo real criado em um espaço virtual, sendo especifico quanto as questões necessárias de implementação dos espaços gerados no ambiente digital; pois eles começam a se tornar importantes e fundamentais na vida dos envolvidos. “Isso pode ser evidenciado na medida em que usamos um avatar para nos representar virtualmente num mundo a qual vivemos e convivemos, por meio de seus códigos” (SCHLEMMER, BACKES, 2008, p.552).

Já na contemporaneidade o metaverso vem tomando forma através de Mark Zuckerberg, um dos fundadores da rede social Facebook, e representantes das empresas: Instagram, Whatsapp, Facebook e Oculus, anunciou em outubro de 2021 que todas essas empresas citadas e as demais, como também as futuramente possam se tornar aquisições do grupo, serão comandadas pela META. Sendo um nome, que vem do grego e significa “além” (NERI NETO, 2021).

Com a criação do Meta, nasceu o Metaverso, a ideia inicial ou ideia divulgada era que ele fosse, uma extensão das redes sociais do grupo. Uma inovação das redes sociais, Zuckerberg se pronunciou destacando: “O metaverso aposta em realidade

O presente trabalho irá abordar o tema metaverso e suas consequências envolvendo futuro do trabalho, profissões, a saúde mental dos envolvidos e como as organizações estão respondendo a esses espaços virtuais.

 

  1. DESENVOLVIMENTO

 

2.1 Empresas e o Metaverso

 Souza, 2022, em seu artigo afirma que grandes empresas do mundo todo estão em pleno processo acelerado na criação de seus avatares ou bonecos digitais de seus CEOs no Metaverso, e ainda destaca que as criptomoedas serão  a tendência dos investimentos no mundo virtual. Marcas mundialmente conhecidas como: Nike, Adidas, Amazon, Disney, Netflix entre outras, conquistaram seus espaços dentro de grandes metaversos, essas empresas, lançam vestuários, ambientes corporativos e jogos no metaverso. 

Após Zuckerberg anunciar o Meta, a corrida pelas empresas teve início, incluindo Microsoft e Google, para vender seus espaços e tentar conquistar o máximo de usuários possíveis, vencer a concorrência (MARTINI, 2022).

Uma estimativa do [1]Goldman Sachs prevê o metaverso como um mercado de US$ 8 trilhões. Já a gestora cripto Grayscale acredita que os mundos virtuais poderão gerar uma receita anual de US$ 1 trilhão, a partir de anúncios publicitários e outros componentes (MARTINI, 2022, p.1).

Os principais metaversos em desenvolvimento são: Epic Games, Roblox, Microsfot, NVIDIA, Meta E  Decentreland (QUEIROZ, 2022).

 

2.2 O futuro das profissões devido o metaverso

 De acordo com Santiago (2022), existem profissões que serão essenciais com a chegada do metaverso, os especialistas afirmam que o mercado de trabalho deve se preparar para acompanhar a evolução tecnologia, e poder atender a demanda das tecnologias que integra, o espaço físico e virtual. Sendo as principais profissões: programadores, design gráfico, cientista de pesquisa, desenvolvedores de ecossistemas, professores, storyteller, seguranças ou police metaverse, especialista em um só mundo, especialista em bloqueio, digital influencer do metaverso.

Segundo o INBEC (2019), devido a tecnologia e ao metaverso, são 10 as principais profissões que deixarão de existir até 2030, sendo essas: piloto de avião, anestesista, analista de investimento, engenheiro de software, contadores e auditores, headhunter e recrutador (RH), assistente jurídico, repórter e jornalistas, analistas financeiros, e corretores de seguro e analistas de risco.

 

2.3 Metaverso e Saúde Mental

 As redes sociais que conhecemos na atualidade, já são potencialmente consideradas nocivas a saúde mental das pessoas, o metaverso devido a necessidade da pessoas interagir no ambiente gerado através de bonecos virtuais, é como se o indivíduo transferisse sua mente e sua vida para aquele representação. Os editores da MIT Technology Review Brasil analisaram como a possibilidade de criar corpos perfeitos no metaverso pode impactar a maneira como pessoas enxergam a si mesmas, outro fator preocupante é que os metaversos, tem como métrica principal o engajamento e associado a isso, existe a criação de produtos e situações viciantes, pessoas com tendências depressivas possuem o hábito de comparar seus perfis com os de outras pessoas, suas vidas, sendo somente um cenário para rede social ou não reflete de forma negativa em pessoas com problemas depressão e ansiedade (COMITRE, 2022).

Em contrapartida existem os defensores dos metaversos, que alegam que pode melhorar a saúde mental dos usuários. Existem estudos onde a realidade virtual é utilizada para melhorar a forma como as memorias se forma, como é o caso do Nobel de Fisiologia:

Em 2014, Edvard e May-Britt Moser e Joseph O’Keefe receberam o Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta do chamado sistema GPS do cérebro. Mais recentemente, pesquisadores descobriram que a realidade virtual pode acionar esse sistema, permitindo que as memórias se formem de uma maneira diferente de quando estamos apenas trabalhando em nossos computadores (FONSECA, 2022, p.1)

Mas isso, somente pode ocorrer se a pessoa se submeter a um tratamento adequado.

 

2.4 Tecnologia online e off-line

No metaverso a maneira de trabalhar não está restrita apenas na sala de videoconferência, o indivíduo pode sair da sala de reunião online, e continuar conectado ao ambiente corporativo, caminhando pelos corredores e até cruzar com os colegas de trabalho na pausa para o café.   De acordo com as divulgações sobre o tema quando a pessoa estiver off-line, ela não poderá ser convocada para alguém evento social ou profissional através de alertas em seus celulares, ou até mesmo ligações telefônicas, mas não obriga a pessoas estar presente (FWC, 2022).

 

 CONCLUSÃO

Para poder participar da vida no metaverso, é necessário um óculos de realidade virtual, projetores de holografia. Não sendo mais necessário um computador, com isso todos se aproximarão e estarão virtualmente em um mesmo local, independente do território geográfico, grandes inovações e evoluções irão acontecer, como também problemas comportamentais e como também exclusão social, pois vivemos uma realidade onde muitos nem possuem acesso à internet. É algo que está em desenvolvimento, muitos estudos irão acompanhar essa evolução, porém ainda se trata de dados escassos na literatura acadêmica. 

 

REFERENCIAS

COMITRE, G. – Metaverso e saúde: saiba os riscos dessa tecnologia para o nosso futuro – 2022 – Disponivel em: https://mittechreview.com.br/metaverso-e-saude-saiba-os-riscos-dessa-tecnologia-para-o-nosso-futuro/

FONSECA, R.  –O Metaverso pode melhorar nossa saúde mental? 2022 – Disponível em: https://www.sbie.com.br/blog/o-metaverso-pode-melhorar-nossa-saude-mental/

MARTINI, V. –  Metaverso: Quais são os 7 mundos virtuais mais populares do momento, segundo Insider – 2022 – Disponível em:  https://www.moneytimes.com.br/metaverso-quais-sao-os-7-mundos-virtuais-mais-populares-do-momento-segundo-insider-parte-1/

NERI NETO – Meta e o Metaverso: os planos de Zuckerberg para o futuro das redes sociais – 2021 – Disponível em: https://mundoconectado.com.br/artigos/v/21273/meta-e-o-metaverso-os-planos-de-zuckerberg-para-o-futuro-das-redes-sociais#:~:text=Mark%20Zuckerberg%2C%20fundador%20do%20Facebook,grupo%20ser%C3%A3o%20comandadas%20pela%20Meta.

SCHLEMMER, E.; BACKES, L.; – METAVERSOS: novos espaços para construção do conhecimento – 2008 – Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.redalyc.org/pdf/1891/189116834014.pdf

SOUZA, P. – Por que as grandes empresas estão apostando no metaverso para vender mais? – 2022 – Disponível em: https://exame.com/invest/onde-investir/por-que-as-grandes-empresas-estao-apostando-no-metaverso-para-vender-mais_red-01/

QUEIROZ, O. – Os metaversos mais interessantes em desenvolvimento – 2022 – Disponível em:  https://www.showmetech.com.br/os-metaversos-mais-interessantes/

INBEC – Confira 10 profissões que podem acabar até 2030 – 2019 – Disponível em: https://inbec.com.br/blog/confira-10-profissoes-que-podem-acabar-ate-2030

[1] The Goldman Sachs Group, Inc. é um grupo financeiro multinacional, sediado no Financial District de Nova Iorque. Goldman Sachs foi fundado em 1869 por Marcus Goldman, um empresário alemão-americano, que mais tarde viria a se associar ao seu genro, Samuel Sachs

 

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