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O papel do setor financeiro para a retomada econômica

22 setembro, 2020

Visando a recuperação econômica e a retomada das atividades, o setor financeiro exerce um protagonismo fundamental para que o país volte a trilhar um caminho de crescimento.

Se a área de saúde tem assumido um papel heroico, no sentido de salvar vidas no Brasil e mundo em meio a maior pandemia da história, o setor financeiro, por sua vez, também assume um papel de destaque ao dar gás para que empresas de todos os portes continuem mantendo a roda da economia girando.

Para termos uma ideia, segundo dados do Valor Econômico divulgados pelo G1, até junho deste ano, os bancos brasileiros já haviam liberado mais de R$ 1 trilhão em crédito e prorrogações de contrato para o mercado; além de cerca de R$ 2 bilhões em doações para ações solidárias e construção de estruturas hospitalares no país.

Visando aprofundar esta análise, no artigo de hoje, nós separamos alguns dados que reforçam a importância do setor financeiro para a retomada econômica nacional e para que o ambiente de negócios brasileiro saia fortalecido de uma crise que vem afetando toda a cadeia de faturamento das empresas e a criação de novos empregos.   




O setor financeiro como motor para geração de negócios

Dito isso, neste quadro de protagonismo do setor financeiro dentro do contexto econômico atual, vale salientar que, para além do papel de suporte para empresas e cidadãos por meio da liberação de crédito, os bancos e outras instituições financeiras do país tem adotado uma posição arrojada no sentido de fomentar investimentos, observando oportunidades no mercado. 

Com este movimento, os bancos favorecem a geração de negócios em um ambiente mais avesso ao risco, no qual as agências de funding, aceleradoras e fundos de corporate venture vêm adotando maior parcimônia na hora de liberarem capital para uma empresa, projeto ou startup.

Um estudo de mercado da Neofeed, por exemplo, destaca os investimentos do setor financeiro no mercado digital, incluindo a abertura para parcerias com fintechs visando a ampliação de portfólio dos bancos. 

Além disso, o estudo destaca outras perspectivas ainda mais disruptivas, como o acompanhamento das tendências em open banking – iniciativa global para um maior compartilhamento de dados no universo bancário, algo que, com o consentimento dos clientes, irá permitir maior agilidade nas operações do setor financeiro e novas oportunidades de geração de negócio.        

Toda esta atenção do setor financeiro para o mercado de negócios digitais vem de encontro a um ímpeto de transformação das tendências de consumo no Brasil – que, cada vez mais, têm se direcionado para o universo online. E isso vale, sem dúvidas para os bancos. 

De acordo com pesquisa da iProspect, 87% dos consumidores estão dispostos a conhecer um player não-tradicional da indústria financeira (como as fintechs, por exemplo); ao passo que, no contexto da COVID-19, 59% dos clientes de bancos no Brasil aumentaram a sua utilização de modelos de internet banking.

Neste sentido, ao se anteciparem as mudanças, os diferentes players do setor financeiro podem criar novos modelos de serviço e atender, com mais eficiência, as demandas de um consumidor ávido por inovação e que se mantém antenado em relação as novidades que o mercado oferece.   




Crédito para quem precisa

Como vimos, outro ponto crucial referente a contribuição do setor financeiro para a retomada econômica envolve a liberação de crédito para o mercado, inclusive, por meio da adoção de medidas para a proteção da liquidez das para a proteção da liquidez das instituições. 

É interessante observar que, dentro do período atual, uma série de novas linhas de crédito foram criadas pelas instituições financeiras do país, fator que favorece a própria inclusão bancária e o empoderamento de consumidores e pequenos negócios.  

Com foco nas micro, pequenas e médias empresas, aliás, duas linhas de crédito foram criadas em parceria com o Governo Federal e, em conjunto, oferecem quase 35 bilhões para este nicho de negócios, que, certamente, é um dos mais afetados pela crise do coronavírus.

Em tendência semelhante, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou, em abril deste ano, uma linha de crédito com foco em capital de giro aos setores produtivos industrial, comercial e de serviços dos municípios em estado de calamidade pública, em decorrência da pandemia da covid-19, conforme explica reportagem da EBC.

Mas o interesse por crédito não parte apenas das empresas. Uma pesquisa da Febraban, divulgada no mês de junho deste ano destacou que 15% dos consumidores pretendem buscar crédito junto aos bancos para reformar seus imóveis; outros 15% tem a intenção de financiar imóveis no período; enquanto 14% desejam crédito para o financiamento de veículos.

Por outro lado, um desafio do setor financeiro tem sido balancear a oferta de crédito – para impulsionar a economia – com a proteção da poupança dos usuários. Em reportagens recentes, especialistas da indústria bancária afirmam que todo o investimento realizado no mercado, vem em conjunto com a adoção de uma série de medidas para proteger seus clientes de qualquer risco. 




A digitalização da indústria bancária no Brasil

Mas a inclusão bancária e o processo de empoderamento do consumidor no setor financeiro não se dão, somente, pelo acesso ao crédito. 

Movimentos de digitalização, como o já citado Open Banking, além de outras inovações como o PIX – novo modelo de pagamento instantâneo e de transferências em tempo real previsto para implementação ainda este ano e que permite a consolidação de uma indústria bancária mais democrática, capaz de acelerar a retomada do crescimento no Brasil e no mundo. 

Segundo especialistas, o PIX permite, ainda, que pequenos negócios e profissionais autônomos possam adotar modelos de pagamentos eletrônicos, fator este que impulsionará a geração de novas vendas/contratação de serviços, otimizando a movimentação de recursos financeiros em todo o país. 

Em contrapartida, processos digitalizados, como já observamos, são uma ferramenta de diferenciação para as próprias empresas e instituições da indústria financeira nacional – seja por meio dos ganhos em inteligência analítica através, por exemplo, de um BPO financeiro que conte com o suporte de plataformas informatizadas; seja pela oferta de novos serviços digitais para o consumidor final. 

Tal diferenciação, por fim, é uma etapa decisiva para que o setor financeiro possa se adequar ao novo contexto do mercado, conquistar novos clientes e, com isso, continuar exercendo seu papel primordial para a retomada econômica brasileira e para a geração de negócios no presente no futuro.  

Qual é a sua visão sobre o papel do setor financeiro para a retomada econômica? Participe do debate!

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