Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia
Luta, resistência e conquistas marcam o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia
Há 31 anos, em 17 de maio de 1990, surgia o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia ou Dia Internacional contra a LGBTfobia. Naquela data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirava a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
O acontecimento foi um incentivo na mudança de comportamentos sociais no mundo todo em relação à discriminação. Até aquele momento, homossexuais, transexuais e bissexuais, homens e mulheres, eram considerados pessoas com distúrbios mentais.
A data se transformou em um marco em prol da luta de homossexuais, transgêneros, travestis e bissexuais por uma sociedade mais diversa, com menos preconceito e igualitária para todos.
Segundo informações de um relatório da International Lesbian, Gay, Bixesual, Trans and Intersex Association (ILGA World), a medida reduziu de 74% da população mundial vivendo sob leis estatais de criminalização contra homossexuais em 1969 para cerca de 27% até 2018.
No Brasil, o cenário ainda é preocupante. Embora ainda existam inúmeros casos de violência contra a população LGBTI+, dados mostram que há uma luz no fim do túnel. De acordo com o relatório “Mortes Violentas de LGBT+ no Brasil – 2019”, do Grupo Gay da Bahia, naquele ano, houve 329 mortes de pessoas LGBTI+ no País.
O número ficou abaixo de 2018 (420 mortes) e de 2017 (445 mortes), ano recorde de mortes violentas de pessoas LGBTI+. Os números representam uma diminuição de 26% referente a 2017.
O dia 17 de Maio é, também, uma data para valorizar as conquistas que, a duras penas, foram alcançadas por esse grupo social. Entre elas estão a inclusão de companheiros e companheiras em planos de saúde (Agência Nacional de Saúde Suplementar, Diário Oficial da União, 4 de maio de 2010); o casamento civil, após a Resolução nº 175/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); direitos como a adoção de crianças por casais homoafetivos, sem restrição de idade (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.102, STF, 05 de março de 2015) e muitas outras. Muito mais que valorizar, é preciso evitar que essas conquistas retrocedam.
Para a b2finance, este dia não se trata de uma comemoração porque sabemos que ainda há muito por conquistar e mudar na sociedade para que estas pessoas tenham seus direitos respeitados. Mas é uma oportunidade de incentivar a reflexão sobre a importância da diversidade, para enfatizar o valor de tantas vidas que se perderam, única e exclusivamente, porque não tiveram sua orientação sexual respeitada.
Acreditamos que são as diferenças, a multiplicidade e a diversidade que ampliam nossos conhecimentos, que nos ensinam sobre empatia, que transformam a sociedade e que reforçam a necessidade de respeitar o próximo, seu modo de pensar, agir e de amar.
Não cabe a ninguém julgar as escolhas alheias. Mas é papel de todos contribuir para um mundo onde o respeito prevaleça. Isso não somente nas causas sociais, mas em todos os aspectos.
Uma das formas de entender a importância do Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia é por meio da informação. Em nosso blog, produzimos um material sobre 10 portais e criadores de conteúdo para se informar sobre a causa LGBTI+.
Esperamos que, no futuro, textos como esse não sejam necessários. Isso mostraria que evoluímos como cidadãos e que, independente de orientação sexual, crenças, etnias e gêneros, o que importa é A VIDA!