Capital Humano e as tendências globais
Com o avanço tecnológico e a consolidação de novas práticas de trabalho, as empresas precisam direcionar suas atenções para a qualificação do capital humano em meio à onda da inovação.
A transformação digital chegou para modificar a perspectiva estratégica de organizações de todos os tamanhos e segmentos.
Não se trata mais de discutir a utilização ou não de soluções de automação, mas de como aderir à transição ao digital da melhor maneira possível, priorizando a adaptação dos profissionais para que a produtividade acompanhe esse movimento.
Nesse sentido, abordar a questão acerca do capital humano é uma tarefa a ser compartilhada por gestores preocupados com a efetividade de suas atividades.
Nos últimos anos, o conceito de empresa social tem conquistado um posicionamento de destaque no mercado, na medida em que se propõe a alinhar o crescimento de receita e lucro com a harmonia entre a rede de partes interessadas e envolvidas no dia a dia operacional.
Essa interpretação enriquecedora do que uma companhia pode se transformar abriu espaço para uma realidade comercial cada vez mais concreta no âmbito mundial.
Incorporar o objetivo estabelecido em todos os setores internos, priorizando a valorização do papel humano e sua influência sobre aspectos do trabalho, bem como incentivar o hábito de geração de valor que não se limita ao presente, também visando o futuro, são características fundamentais e condizentes de organizações maduras socialmente e digitalmente.
Impacto dos últimos anos sobre o capital humano
Apesar de parecer um fenômeno recente, a digitalização tem sido pavimentada ao longo dos últimos anos.
Sob a ótica das pessoas, principalmente as inseridas nesse contexto de adaptação e readequação de modelos de trabalho, a década que se passou representou um ponto crítico para que o empresariado absorvesse a inovação em seu DNA.
No entanto, é importante enfatizar que este não se trata de um processo estático ou alheio a mudanças, pelo contrário, trata-se de um campo técnico em constante aprimoramento, demandando o acompanhamento dos líderes para que a excelência nas operações seja preservada com o passar do tempo.
O que muitos deixam passar é a necessidade de se pensar em como a tecnologia pode beneficiar o capital humano sem que as duas partes, aparentemente opostas, se anulem em termos práticos.
Quando o contexto é desfavorável ou de incerteza sobre o quadro econômico, o tema apresenta ainda mais urgência, afinal, todos estão à procura de métodos capazes de responder à crise e potencializar a atuação dos profissionais, minimizando a ocorrência de gargalos ou entraves nos procedimentos.
Pertencimento e a contribuição coletiva
Realizar suas funções com bem-estar e um sentimento claro de pertencimento é, sem dúvidas, um dos estágios mais proveitosos que um profissional pode atingir na empresa em que trabalha.
Em uma época onde engajamento e identificação são preceitos determinantes para que o colaborador tenha a tranquilidade necessária para assumir o protagonismo que os líderes buscam nas pessoas, estimular o respeito mútuo e uma cultura corporativa orientada à inclusão é uma alternativa praticamente indispensável.
O que precisamos ter em mente é que o fator externo à organização exerce uma forte influência sobre os recursos humanos. Tem se amplificado uma sensação de que o mundo, como um todo, se encontra mais instável e volátil, fora do alcance e controle das empresas.
Outros elementos como a polarização também impulsionam uma tensão que pode prejudicar a construção de um ambiente de trabalho realmente solidário.
Globalmente falando, cresce a tendência de se aderir a uma governança aberta à participação de todos, independentemente do cargo ou departamento relacionado ao indivíduo. A finalidade é uma só: tornar a rotina operacional confortável e recompensadora.
A relação da IA com o grupo de trabalho
Atualmente, a Inteligência Artificial representa um braço tecnológico cujo caráter de obrigatoriedade tem se disseminado entre o empresariado.
É de entendimento geral que o referencial analítico proporcionado pela máquina chegou para colocar as companhias em um novo patamar de tomada de decisão e planejamento estratégico.
Porém, a dúvida maior é de como a IA irá se conectar com os profissionais e suas funções. Quem nunca se deparou com a afirmação de que o robô tomará os empregos das pessoas e substituirá o capital humano?
Felizmente, esse pensamento equivocado está sendo desmistificado no próprio cotidiano empresarial.
Reduzindo custos desnecessários e automatizando tarefas padronizadas e exaustivas, a Inteligência Artificial também estende suas características ao auxílio das equipes, proporcionando insumos capazes de respaldar o capital humano na hora de tomar determinada decisão.
Por isso, a importância de se transcender o senso comum e enxergar a IA como uma aliada para a geração de valor ao negócio, por meio de insights alinhados pelos times.
Hoje, consistência, qualidade e produtividade são elementos igualmente essenciais e que justificam o investimento em novas tecnologias, mas agregar valor aos serviços não fica atrás nessa lista de prioridades.
Resiliência é peça central contra adversidades no capital humano
Acompanhar demandas externas que estão fora do escopo das companhias é um dos grandes desafios atuais.
Não por acaso, o ano de 2020 foi marcado pela dificuldade de se enfrentar o período de pandemia.
Além de situações atípicas cuja gravidade é imensurável, o mercado apresenta um dinamismo em que mudanças constantes no que diz respeito à exigência do consumidor e o próprio surgimento de ferramentas inovadoras tornam exposta a relevância de se introduzir noções de resiliência na gestão do capital humano.
Hoje em dia, o sucesso parece depender cada vez mais da inovação e outras formas de criatividade que antigamente poderiam ser renegadas. Inteligência emocional, pensamento crítico e colaboração coletiva são ótimos exemplos.
Já abordamos anteriormente neste blog, meios de se reinventar modelos de negócio para que a jornada de transformação digital provoque os efeitos desejados.
Ao trazermos a discussão para a perspectiva do capital humano e seu relacionamento com a tecnologia, o assunto mostra-se ainda mais complexo, pois lidamos com os componentes centrais de qualquer organização.
Todas as tendências trabalhadas neste artigo compartilham a mesma atenção estratégica sobre o protagonismo das pessoas, e esse tipo de mentalidade deve ditar os caminhos operacionais de empresas preparadas para aproveitar um futuro de oportunidades promissoras.