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Entenda como surgiu o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e sua importância na luta por direitos

28 junho, 2021

Data representa muito mais que o orgulho, os embates e desafios da população LGBTQIA+

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ surgiu há 52 anos. Em 28 de junho de 1969, um grupo de policiais entra no Stonewall Inn, bar voltado à comunidade LGBTQIA+ localizado em Nova Iorque (EUA) para uma inspeção com o objetivo de expulsar clientes que mantinham relações com pessoas do mesmo sexo.

Na época, comportamentos como andar de mãos dadas, dançar com ou beijar alguém do mesmo eram práticas consideradas ilegais.

Durante a vistoria, os policiais detiveram treze pessoas. Entre elas, frequentadores e funcionários do local. Quando uma mulher que havia sido detida é agredida na cabeça, a agressividade toma conta do local.

Ao gritar por socorro, ela movimenta um grupo de pessoas que inicia um protesto em prol dos direitos dos LGBTs. A população ocupa as ruas da cidade por cinco dias em várias manifestações pelo direito de viver sem se esconder.

Com o passar do tempo, além de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, os grupos Queer, Intersexuais e Assexuados são incorporados à causa que ganha ainda mais força em vários países no mundo todo.

A realidade dos LGBTQIA+

A luta do público LGBTQIA+ é uma batalha que existe há décadas e mesmo após tantos anos essa população ainda precisa reivindicar respeito, espaço, reconhecimento e o direito de viver independente de sua orientação sexual.

As evidências surgem todos os dias, em estatísticas, violência, pesquisas e muitas histórias que nem sempre ganham o destaque que merecem.

Dados de um relatório do coletivo “#VoteLGBT”, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de 10 mil brasileiros entrevistados, 47% das pessoas bissexuais e pansexuais; 44% das lésbicas, 42% dos transexuais e 34% dos gays têm medo de sofrer algum problema psicológico em virtude da pandemia por causa do preconceito.

O mesmo estudo aponta que 21,6% dessa população está desempregada. Atualmente, o índice total de desemprego no país é de 12,2% segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com uma pesquisa feita com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, a cada uma hora, uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ é agredida. Entre os negros, os casos de agressão são ainda piores. Confira mais algumas informações:

  • Mais da metade das pessoas agredidas nesta população (51,4%) são negros. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, o número salta para 57%.
  • Informações da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), mostram que o Brasil está entre os países que mais mata travestis e transexuais no mundo.
  • O Observatório de Mortes Violentas LGBTI+, do Grupo Gay da Bahia, apurou que em 2020, 237 pessoas LGBTQIA+ tiveram mortes violentas. Foram 224 homicídios, (94,5%) e 13 suicídios (5,5%) causados pela homotransfobia.

Todas essas injustiças mencionadas acima explicam por que o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ ainda é necessário. Ele representa muito mais que uma celebração. É uma oportunidade para refletir sobre as vidas que foram interrompidas pelo preconceito, é uma reivindicação para acabar com a violência, um esforço constante por direitos e uma luta contra a intolerância.

Há do que se orgulhar!

Até aqui, é possível perceber que a realidade do público LGBTQIA+ não é fácil. Mesmo com tantas atrocidades, injustiças e muito sofrimento, não se pode deixar de mencionar conquistas importantes que esse público alcançou.

  • Retirada da homossexualidade da lista de distúrbios psiquiátricos pela Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Inclusão de companheiros e companheiras em planos de saúde (Agência Nacional de Saúde Suplementar, Diário Oficial da União, 4 de maio de 2010);
  • O casamento civil, após a Resolução nº 175/2013 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
  • Direitos de adoção de crianças por casais homoafetivos, sem restrição de idade (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 846.102, STF, 05 de março de 2015);
  • Instituição da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT) por meio do Sistema Único de Saúde (SUS);
  • Autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para que transexuais e transgêneros alterem seus nomes mesmo sem cirurgia;
  • Criminalização da homofobia.

Como uma empresa que preza pelo respeito, pela igualdade e pelos direitos de todos, nós, da b2finance, acolhemos.

Aqui, nós acreditamos que a diversidade é o caminho para um mundo mais democrático e mais justo. Não importa qual seja a orientação sexual. Nós apostamos em talentos, em competência, em vivências.

Por meio desta data tão importante, incentivamos todas e todos a refletirem sobre o direito à vida, sobre a dignidade humana, sobre a importância da empatia e sobre o direito de amar livremente.

Nosso papel é contribuir para uma sociedade igualitária e justa para todos.

Que este texto seja um alento para as pessoas que sofrem com o preconceito e a discriminação. A vocês, o nosso respeito.

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