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Nossos aprendizados nos últimos 15 meses e o que nos reserva o pós-pandemia

15 junho, 2021

Esquema de trabalho híbrido é uma das possibilidades e vontade de colaboradores no pós-pandemia, segundo pesquisa

Mais de um ano se passou desde o início do isolamento social e uma das perguntas que mais nos fazemos é: como será o pós-pandemia? O que será que vai acontecer assim que tudo isso passar? Pergunta difícil de se responder.

O que se sabe é que ao longo desses 15 meses que se passaram, adaptamos nossas rotinas com a família, levamos o trabalho para casa, mudamos a maneira de nos comunicarmos e, infelizmente, perdemos muitos dos nossos.

Diante de um cenário com o qual é difícil lidar,  aprendemos muito e a duras penas. Refletimos sobre a importância da coletividade, sobre a responsabilidade com a vida do próximo e sobre nossos privilégios.

Embora o momento seja triste pelas milhares de vidas perdidas, é preciso, por uma questão de resiliência, valorização à vida e pelo bem-estar, físico e mental, lembrar das pequenas alegrias advindas deste turbilhão pelo qual estamos passando.




O que dizem os especialistas sobre o pós-pandemia?

Para responder essa e outras perguntas, o Google Workspace encomendou uma pesquisa, feita pela IDC Brasil, para entender como as pessoas estão se sentindo nesta nova realidade. Para tal, a empresa conversou com 900 funcionários de organizações brasileiras dos mais variados segmentos.

Uma das perguntas da pesquisa era “O que você mais valoriza no trabalho remoto?” Aproximadamente 67% dos participantes responderam que passam menos tempo em deslocamento.
Esse é o caso do Lucas Oliveira, Trainee Financeiro na b2finance, que iniciou suas atividades na empresa durante a pandemia e já em home office. “Foi uma novidade e um aprendizado e tanto começar a trabalhar em casa. Hoje, consigo participar ativamente do convívio da minha família, esposa e filha. Além disso, não preciso me deslocar, nem utilizar o transporte público que, nesse período, poderia prejudicar a minha saúde”, conta.

Foto de Lucas Oliveira em artigo sobre o pós-pandemia
Lucas Oliveira, Trainee Financeiro na b2finance
(crédito: acervo pessoal)

Outro ponto que chamou a atenção no relatório foi a produtividade. Embora as pessoas estejam afastadas fisicamente, elas se mantêm em contato. E o mais interessante: utilizando tecnologia para suprir o contato diário. De acordo com os dados, 41% dos entrevistados se sentiram muito produtivos durante a pandemia. Outros 55% que criaram documentos compartilhados para trabalhar colaborativamente se sentiram muito produtivos.

“Quando o home office começou, o engajamento da minha equipe era a minha maior preocupação. Tinha receio que eles não mantivessem o mesmo nível de responsabilidade aplicado quando trabalhavam no escritório”, relata o Gerente Contábil da b2finance, Davi Lemos.

Foto de Davi Lemos em artigo sobre o pós-pandemia
Davi Lemos, Gerente Contábil na b2finance (crédito: acervo pessoal)

Antes preocupado com as entregas e com o rendimento do trabalho, Davi conta que, agora, pensa de forma diferente. “Hoje em dia já não tenho mais essas preocupações, vejo que o home office fez bem para a equipe. Falamos muito sobre ‘liberdade com responsabilidade’ e vejo que isso tem funcionado. As pessoas parecem mais motivadas e estão dando conta do recado”, afirma.




A realidade do home office para as famílias

Na b2finance, temos dois exemplos de mulheres com experiências distintas, mas que mostram como esse período foi desafiador para todas as mães.

Para a Sandra Santos, Assistente Administrativa e responsável pelo Departamento de Recursos Humanos da b2finance, trabalhar em casa teve seus prós e contras. Ela conta que adaptar as tarefas de trabalho ao ambiente de casa foi tranquilo, porém não tanto como ter que lidar com todas as responsabilidades da casa e da família

“Preparar café, preparar almoço, olhar a pia cheia de louça, auxiliar os filhos com a adaptação da escola com as aulas online, colocar regras para que, mesmo trabalhando em casa, tivesse horário para almoçar e etc foi mais difícil no começo”, conta.

Ela ressalta, também, os benefícios que a nova realidade trouxeram: “foi bom para ter a segurança de não estar em ambientes e transportes lotados, conseguir fazer uma caminhada pela manhã, um curso que, antes, por chegar muito tarde, não conseguia, estar mais presente na vida dos meus filhos, ter mais tempo e mais qualidade de vida.

Ela só aponta um aspecto negativo, que é um dos que a maioria das pessoas que estão trabalhando em casa também cita: “Uma questão ruim é não ter as pessoas presentes, para descontrair um pouco. A risada de algum assunto paralelo e o cafezinho, que sempre estava fresquinho, fazem falta.

Com uma realidade distinta, a Especialista Fiscal da b2finance, Renata Loureiro, lembra da própria experiência com o trabalho remoto que aconteceu na reta final de sua gravidez.

“Como minha gestação era de risco e na época ainda não se sabia muito sobre este vírus, me senti mais segura trabalhando de casa.Trabalhei até uma semana antes da minha filha, a Valentina, nascer”, explica.

Para ela, sem o home office, provavelmente por questões de segurança, ela teria sido afastada do trabalho a pedido da médica. Ela lembra ainda que ao voltar da licença maternidade, ficou feliz com a permanência do trabalho em casa.

Fiquei aliviada, já que minhas amigas mães me falaram que a hora mais triste de voltar de licença maternidade era deixar os filhos em casa com alguém ou em creche. Então, não precisei passar por isto, e não perdi nenhum momento da minha filha”, comemora.

Foto de Renata Loureiro e Valentina em artigo sobre o pós-pandemia
Renata Loureiro, Especialista Fiscal na b2finance, e a filha Valentina (crédito: acervo pessoal)



Mas, afinal, o home office continua ou não no pós-pandemia?

Segundo os dados da IDC Brasil, os participantes da pesquisa indicam que o que irá prevalecer é o modelo híbrido. Além de ser o formato que já vem sendo discutido entre os líderes e gestores de grandes empresas, é o modelo que mais agrada aos colaboradores.

Os resultados apontam que 44% optam pelo sistema híbrido. Outros 29% prefeririam trabalhar presencialmente e, por fim, 27% gostariam de trabalhar integralmente de forma remota.

Os números ressaltam que os colaboradores, de fato, se adaptaram ao home office, porém têm a necessidade das interações pessoais no pós-pandemia, como mencionou Sandra Santos em seu depoimento.

Para Lucas Oliveira, o caminho é o mesmo. “Na minha opinião, seria muito vantajoso, pelo menos uma vez por semana, o colaborador ir ao escritório. Participar de uma reunião, traçar novas metas e não deixar de encontrar os amigos de trabalho”, enfatiza.

“O trabalho home office tem várias vantagens, assim como tem desvantagens. Por exemplo, não estar em companhia dos meus colegas de trabalho, de ter um contato físico que é muito importante para nós seres humanos”, ressalta Renata Loureiro.

Com a transformação digital e novas tendências que vieram para ficar, percebemos que, muitas vezes, é nos momentos de grandes desafios que surgem soluções que podem beneficiar pessoas no mundo todo.

Infelizmente, no Brasil, a pandemia deixou, até 14/6, mais de 480 mil mortos. No entanto, esse cenário fez com que gestores de todo o país se mobilizassem e colocassem em prática, de forma experimental e da noite para o dia, um esquema que salvou e ainda salva outras milhares de vidas.

Ainda teremos que esperar para saber quais serão todas as consequências desse momento tão delicado para a história do mundo todo e também como será a vida no pós-pandemia.
Mas se tem algo que, sem dúvida alguma, mudou para sempre é a importância da vida, do bem-estar, da saúde e do tempo que, por conta da pandemia, aprendemos que deve ser valorizado como o bem mais precioso que podemos ter.

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