O crescimento da energia eólica e o panorama do segmento no Brasil
Energia eólica surgiu na década de 1970 durante a crise do petróleo
Energia eólica é aquela obtida a partir da energia gerada pelo vento. Ou seja, por meio da velocidade das massas de ar.
O modelo se tornou uma opção de geração de energia na década de 1970 quando houve a crise do petróleo. Desde então, o ser humano utiliza a energia eólica em trabalhos mecânicos, moagem de grãos, bombeamento de água e produção de eletricidade.
Como acontece a geração de energia eólica?
Primeiramente, é preciso entender que a energia cinética surge quando há um aquecimento das camadas de ar. Desse modo, elas criam uma variação de gradientes de pressão nas massas de ar.
Tendo isso em vista, essa mesma energia cinética se transforma em energia mecânica com o auxílio de pás giratórias que, por meio de um gerador, convertem o movimento em energia elétrica.
Essas pás giratórias também são conhecidas como aerogeradores. É neles que ficam as turbinas responsáveis pela conversão de energia. Essas turbinas são compostas da seguinte forma:
- Anemômetro: dispositivo que funciona, em média, a cada dez minutos e mensura a intensidade e a velocidade do vento;
- Biruta (sensor de direção): que identifica a direção do vento;
- Pás: que captam o vento convertendo sua potência ao centro do rotor;
- Gerador: objeto que converte a energia mecânica do eixo em energia elétrica;
- Mecanismos de controle: adequação da potência nominal à velocidade do vento que ocorre com mais frequência durante um período determinado;
- Caixa de multiplicação (transmissão): fundamental para transmitir a energia mecânica do eixo do rotor ao eixo do gerador;
- Rotor: conjunto integrado a um eixo que transmite a rotação das pás para o gerador;
- Nacele: compartimento que fica no alto da torre composto por: caixa multiplicadora, freios, embreagem, mancais, controle eletrônico e sistema hidráulico;
- Torre: elemento que sustenta o rotor e a nacele na altura apropriada ao funcionamento.
Quais são as vantagens e desvantagens desse modelo de produção de energia?
Em primeiro lugar, é uma fonte de energia renovável. Portanto, está na natureza e se regenera o tempo todo. Segundo, porque contribui com o cenário de mudanças climáticas por não emitir gases do efeito estufa. Por fim, mas não menos importante, porque não gera resíduos durante a produção de energia elétrica.
Outro ponto positivo no uso da energia eólica é o fato de que os custos para a implantação são relativamente baixos. E ainda, é um dos segmentos que gera inúmeras oportunidades de emprego.
Já entre as desvantagens, o quesito principal é a intermitência. A geração de energia eólica depende de inúmeros fatores, em especial a ocorrência de vento em densidade e velocidade adequados e isso pode variar de acordo com a época do ano e características regionais.
Logo, para que o projeto seja eficaz, deve ser instalado em locais com densidade de massa de ar maior ou igual a 500 watts por metro quadrado a uma altura de 50 metros e que a velocidade do vento seja de sete a oito metros por segundo.
A situação da energia eólica no Brasil
Segundo informações da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), essa fonte de energia já representa 14% da produção energética do País e vai ultrapassar a biomassa até o final de 2021.
Em 2017, o Brasil investiu R$11,4 bilhões nos parques de energia eólica, e sua capacidade de produção cresceu 26,2% no período e, atualmente, é considerado o oitavo maior produtor do mundo.
Entre os estados brasileiros, o maior produtor de energia eólica é o Rio Grande do Norte. Ao todo, são 137 parques com uma produção de 3.722,5 megawatts (MW).
Tendo em vista todos os fatores mencionados até aqui, é possível concluir que a energia eólica é uma alternativa para diversificar a matriz elétrica do País e assim aumentar a segurança neste setor. Dessa forma, o Brasil continua no caminho de energias renováveis e evita impactos socioambientais que prejudicam o planeta.